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Mostrando postagens de setembro, 2010

UMA RELIGIÃO PARA VIVER

Será que precisamos de uma religião para viver? Se não precisamos, então isso significa que não precisamos de igrejas, templos, denominações? O objetivo deste artigo é falar da religião não como uma boa escolha: criativa, libertária, gostosa, estimulante, solidária, com mais compaixão e menos indiferença, com mais amor e menos egoísmo, com mais Graça e menos culpa; mas da religião enquanto sintoma característico da neurose obsessiva. Gosto de uma definição dada por Rubem Alves sobre teologia – a religião cristã é construída a partir de dogmas teológicos – que diz que a teologia é como uma rede que um pescador constrói para pegar peixes, mas Deus é vento e não se deixa capturar. Muito bom. Por vezes fico pensando: se Jesus viesse hoje qual igreja, de qual denominação, ele freqüentaria? Você já imaginou Jesus entrando em uma igreja neopentecostal, superlotada, com o pastor dirigindo um show de milagres, gritando: “quem ficou curado jogue a bengala fora, quebre os óculos, pule da cadeira

MEDO DA MORTE!

Não adianta negar. Todos nós, uns mais, outros menos, temos medo da morte. É instintivo. É espiritual. É psíquico. Por incrível que pareça a vida está alicerçada no medo da morte. É em defesa da vida que montamos toda uma estrutura de negação da morte, sendo o sistema religioso uns dos mais bem elaborados, pois tem como objetivo amenizar, já que anular é impossível, a crueza, a frieza, a dureza da morte. Sempre gosto de fazer uma distinção entre religião e fé. Nem todos os religiosos tem fé e nem todos os homens e mulheres de fé tem uma religião. O medo da morte é um sentimento angustiante. O que é a angústia se não uma resposta preventiva em relação a morte? Através de uma maquinação inconsciente podemos dizer que as pessoas se angustiam como forma de se defenderem do medo da morte. Ninguém morre de angústia, pois a angústia é por si só sinal de uma luta contra a morte. Mas é possível morrer de melancolia, pois nesta não existe nenhuma força de resistência contra a morte, mas sim um a