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Mostrando postagens de abril, 2011

POR QUÊ?

Quando nos deparamos com um quadro tão terrível como o que aconteceu no dia 07 de abril, quando doze crianças foram brutalmente assassinadas e outras gravemente feridas por um psicótico, no bairro de Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, logo vem a nossa mente a pergunta: por que Deus permitiu que isso acontecesse? As respostas são as mais estapafúrdias. A primeira coisa que quero ressaltar é que nem toda pergunta busca em si uma resposta, em especial as que são feitas em momentos de sofrimento intenso. Nesses casos as perguntas são como portas e janelas que se abrem para a expressão da dor, do desamparo, da angústia. É por isso que a melhor resposta que uma pessoa pode dar para uma outra que está com o seu coração apertado e angustiado pelo sofrimento repentino, perguntando-se sobre a razão da sua dor é o silêncio acolhedor, que alguns chamam de empatia. Empatia não é como alguns pensam a capacidade de sentir o que o outro está sentindo. Por maior que seja a ressonância com os sen

TRAUMAS E SUPERAÇÃO

Por vezes na vida a maior tensão não é vivida no momento do trauma, mas no momento pós-trauma, também conhecido como momento pós-traumátido. Se o trauma abre uma ferida é no momento pós traumático que a ferida será ou não fechada. O momento pós trauma pode ser comparado aos tremores sucessivos depois de um intenso terremoto. Por menor que seja o tremor de terra ele sempre suscitará a lembrança de algo terrível que aconteceu no passado. Sendo assim o momento pós traumático pode colocar a pessoa sob um contínuo estado de alerta, sendo o medo e a ansiedade um dos primeiros sinais desse aprisionamento psíquico. O trauma é o evento, o fato, que na esfera temporal não tem como ser remediado. O tempo não volta. É comum ouvirmos algumas pessoas que tendo passado uma experiência traumática dizerem: “Ah! Se eu não tivesse passado por ali naquela hora.” , “Ah! Se eu tivesse ficado quieto.”, “Ah! Se eu soubesse que isso iria acontecer.” . Em relação ao trauma a partícula condicional “se” abre ma