Fala sério! Às vezes, a vida parece ser muito boa. Mas tem horas, tem dias — as mulheres que sofrem com a famigerada TPM que o digam — em que ela parece uma droga. Em momentos assim, não é incomum ouvirmos ou falarmos: “Que droga de vida!”. Mas que “droga de vida” é esta, e que tipo de droga você está usando para lidar com essa dor, com esse sofrimento? Seria uma droga alucinógena, que interfere no sistema nervoso central e altera a percepção das coisas, dos fatos? Seria a droga da ilusão — a religião, por exemplo — que distorce a imagem da vida, levando alguns a acreditarem que é possível viver acima do bem e do mal, ou ter o céu na terra? Seria um psicofármaco de última geração, que anestesia a dor, mas não resolve a causa da dor? Que droga na vida pode eliminar o sentimento que leva uma pessoa a dizer: “Que droga de vida é esta que eu estou levando?”? Não podemos, ou não deveríamos, definir a vida a partir de uma moldura de retrato. A vida não é um retrato. A vida é um filme, co...