Como diziam os hippies nos idos anos de 1970: “a vida é um barato!”. E é mesmo. Pena que o “barato” deles era caro para vida. A vida é única e múltipla ao mesmo tempo. Multiplicidade aqui não tem nada a ver com máscaras, com dupla ou tripla personalidade, hipocrisia, nada disso. Tem a ver com as possibilidades de a qualquer instante poder criá-la ou recriá-la. Durante o tempo de gestação no útero materno estávamos protegidos, envoltos, por uma bolsa repleta de um líquido chamado líquido amniótico. Mas a bolsa estourou, o líquido se esparramou e a vida desabrochou. A vida é bela! Ao sermos despejados do velho útero materno fomos lançados num mundo não tão materno como o anterior (que o diga a primeira palmada que recebemos como boas vindas), mas com espaço suficiente para poder se espreguiçar, espichar, mudar, transformar, criar e recriar. Um mundo onde o céu é o limite. E como a gente não sabe onde é o céu, é só fazer como diz a letra da música “Aquarela”, do Toquinho: "Numa ...