Pular para o conteúdo principal

A FEMINILIZAÇÃO DA PATERNIDADE


Comemoramos hoje o dia dos pais e de antemão quero parabenizar todos os papais: novos, mais experientes, corujas, babões, protetores, super protetores, altos, baixos, magros, barrigudos, carecas, cabeludos, bigodudos, enfim, todos os pais, com mais variados biotipos e características. Mas você deve estar se perguntando: qual a relação entre a comemoração do dia dos pais e título desse artigo?

Não sei se você vai concordar comigo, mas tenho observado um fenômeno estranho que há anos vem se desenvolvendo na sociedade, a feminilização da paternidade. Isso não tem nada a ver com a pressão social em relação ao casamento e adoção de filhos entre homossexuais, o que, por princípios bíblicos, não concordamos. A feminilização da paternidade tem mais a ver com a ausência do pai no processo de educação dos filhos. Educar é muito mais do que prover o sustento. Educação é um processo contínuo de formação do caráter.

No livro de Deuteronômio encontramos a seguinte orientação dada aos pais: “estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te.” (Dt. 6: 6,7). A presença do pai é muito importante para a formação da vida espiritual, emocional e social dos filhos. O pai é aquele que além do carinho, da atenção, do cuidado, comparece como aquele que sustenta os limites que precisam ser reconhecidos e respeitados pelos filhos.

Vivemos um tempo de grande relativização dos conceitos e dos papéis desenvolvidos na sociedade. Relativização é por definição “ato ou efeito de relativizar. Consideração feita de maneira à opor-se as verdades absolutas.” (Dicionário eletrônico “Informal”). Mas a Bíblia não pode ser relativizada. No caso da família, por exemplo, a Bíblia é categórica em ressaltar o seu valor e sua importância. Isso está claro na promessa dada por Deus a Abraão, que diz: “em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gn. 12:3).

O problema é que a relativização dos conceitos abriu espaço para a prática de excessos. Lamentavelmente temos visto cada vez mais pessoas, dentre elas, pré adolescentes, adolescentes e jovens, lançados no submundo das drogas, do alcoolismo, das orgias sexuais.

Parabéns papais pelo seu dia. Fiquem firmes na sua vocação e no meio das dificuldades da vida lembrem-se de uma coisa: Deus é Pai!

Pr. Ailton Gonçalves Desidério

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O INFARTO DA ALMA

Existem várias maneiras de entendermos a depressão. Como já disse em vídeos anteriores, a depressão não é resultado de um único fator. Mas sim de vários fatores. Hoje quero falar da depressão como consequência do infarto da alma, fruto do represamento das emoções e dos traumas da vida que não foram elaborados. Conhecemos da medicina a expressão "infarto do miocárdio" , que é uma doença caracterizada por placas de gordura que se acumulam no interior das artérias coronárias, obstruindo a circulação sanguínea. Quando uma dessas placas se desloca forma-se um coágulo que interrompe o fluxo sanguíneo, levando a diminuição da oxigenação das células do músculo cardíaco (miocárdio), gerando o infarto do miocárdio. Na página da Sociedade Brasileira de Cardiologia tem um cardiômetro, que marca em tempo real o número de pessoas que vão a óbito no Brasil por conta de problemas cardíacos. A média é de um óbito a cada 90 segundos. E o infarto do miocárdio é a principal causa de morte no
Amor é uma palavra simples e complexa. Simples por ser amplamente utilizada. Complexa porque só tem sentido quando está relacionada a uma outra pessoa. Usado de modo isolado, solto, amor é uma palavra vaga e sem sentido. O amor não existe sozinho. Amor, do verbo amar, só existe quando é conjugado: eu amo, tu amas, ele ama, nós amamos, vós amais, eles amam. Simples assim. Será? No português usamos a palavra amor para descrever diversas situações, com os mais variados sentidos. No grego usa-se três palavras com significados específicos para a mesma palavra amor no português: ágape - amor divino; philos - amor fraterno; eros - amor apaixonado, sexualizado. É sobre esse tipo de amor, sobre Eros, que quero falar. Farei isso a partir do mito grego entre Eros e Psiquê, como forma de destacar que não existe Eros sem Psiquê. Ou seja, não existe amor sem alma. Antes, porém, julgo importante destacar que eros, de um vem a palavra erotismo; e pornos + graphô, de onde vem a palavra pornografia

A GOTA D'ÁGUA E A DEPRESSÃO

Coitada da última gota d’água. Quando a caixa d’água transborda a culpa é sempre dela. Daí a expressão: “Essa agora foi a gota d’água que faltava” . E lá vai à coitada da gota d'água levando a culpa das demais gotas d'água que durante muito, muito tempo, foram se acumulando, acumulando, até a fatídica gota d'água cair no copo. Segundo uma tabela da SABESP (Companhia de saneamento básico do estado de São Paulo) um gotejamento lento, produz uma perda estimada de 10 litros de água por dia. Se for médio, 20 litros. Se for rápido, 32 litros. Faça as contas aí e veja o quanto de água pode ser desperdiçada a partir de um pinga-pinga. E quando essa água toda se acumula em qualquer lugar, seja um copo, seja numa caixa d'água, não tem jeito. Um dia vai estourar. Vai transbordar. Quando as emoções "negativas" (uso as aspas porque, desde que as emoções sejam admitidas, elas não podem ser chamadas de negativas) são acumuladas no mundo interior de uma pessoa, são com